Cobras na Cabeça
Crônicas (ir)reverente faz parte de um projeto literário maior, a oficina Sata Sede: Crônicas de Botequim, cuja proposta é restaurar o espírito que fez nascer a mais expoente geração de cronistas do país. Se Luis Fernando Verissimo, um dos gigantes da crônica nacional e criador de As Cobras, não pode ser classificado exatamente como um boêmio, há consenso em relacionar sua prodição ao contato intimo e constante com os mais influentes intelectuais de sua geração. Logo, tê-lo em nossa mesa de bar, mesmo por meio da obra, é grande honra e elevada responsabilidade.
Arrastava-se o ano de 1975, e o bicho estava pegando. Entre outras cobranças, o Brasil clamava por liberdade. Foi então que As Cobras saíram da toca para destilar seu bom veneno. Já cronista consagrado, roteirista e, quando sobrava tempo, saxofonista, o genial Luis Fernando Verissimo deu vida ao seu par de ofídios que, sozinho, já davam conta de externar muitas das nossas inquietações.
Não satisfeito, o autor foi somando outros bichos, cada qual com seu toque de personalidade.
Assim, sob o olhar curioso e irreverente de suas pequenas cobras, desenhou como poucos o cenário daqueles anos em que deixamo para trás o autoritarismo e reinauguramos a democracia.
Arrasta-se o ano de 2015 e, para comemorar o quadragésimo aniversário de As Cobras, a Santa Sede põe seus boêmios escritores a reverenciar LFV, um dos autores definitivos no gênero. Para cada uma das 12 tirinhas selecionadas, seis crônicas inéditas.
Os cronistas escalados para escreverem essa analogia compõem a Master Class Santa Sede - veteranos que retornam à mesa para novos desafios literários. Em outras palavras (e como pode ser conferido nas biografias), são eles, também, cobras.
Boa leitura!
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