O cronista é acima de tudo um observador da sua cidade. Para exercer essa função, ele tem que ter uma capacidade de observação que o permita ver coisas que os outros não viram, conjugada com o domínio das palavras que o permita fazer essa transposição para o papel. Sua grande fonte de inspiração são os jornais e a televisão, com suas narrativas diárias dos dramas mais diversos. Mas ele tem também que ter a sensibilidade para mostrar que, mesmo em uma notícia desagradável e trágica, há um fator humano maior envolvido, como descreve o autor na crônica “Velas para Patrícia”. Outras vezes, porém, o assunto o procura e o “agride” em seu ponto de observação – como nas crônicas “Uma Mulher Triste”, “Sonhos de Consumo” ou “Eu e meus Mortos”. Quando volta o olhar ao passado, o autor nos traz textos divertidos, como “Um Garoto no Carnaval”, ou pungentes, como em “Hoje vi meu Coração”.
O que os homens fazem no bar
Autor: Jaime Freire Campos
Ano: 2016
Nº de págs: 176
Altura: 21,00 cm
Largura: 14,00 cm
Espessura: 1,0 cm